segunda-feira, 7 de março de 2016

Uma luz no fim do túnel...





...Era um trem e passou por cima de mim! Aqueles momentos belíssimos pelos quais passamos, nós homens casados, eram tão somente luzes no fim do túnel, as quais um dia, percebemos, não eram de esperança, mas de um trem imenso... Estamos vivos, entretanto, para contar nossa história cheias de dores pelo corpo, o qual, em pouco tempo, torna-se tábua de passar, ou uma máquina... de lavar roupa.

Passavam, como uma grande propaganda, a ideia de que somente as mulheres que passam, que lavam, que fazem refeições, que cuidam de crianças, que são chicoteadas moral e fisicamente, e são caladas quando falam em demasia. Na realidade, há uma meia verdade nisso... Quer dizer, houve uma época na qual todas elas eram mortalmente discriminadas quando refletiam além de suas necessidades domésticas. Mas também era uma época em que os homens refletiam, iam para as grandes descobertas e suas esposas ficavam em casa a espera dele, do grande esticador de horizontes, do homem real.

Hoje, parece-me vingança! Elas trabalham fora, refletem acerca de suas posições, deixam seus (nossos) filhos em casa, cuidados por babás, (ou babys siters, sei lá...), ou com o guerreiro, que um dia, graças a ele, sabemos que não havia monstros após aquele mar; não havia infernos embaixo da terra; e mais, muito mais...!  Mas o respeito se foi, os sistemas que geraram a perda de identidade nos fizeram sucumbir.

Contudo, podemos nos reerguer! No lavar de uma louça, no lavar de uma casa, no cuidar de um filho, podemos repensar nossos papéis, refazer a história atual, gritar (baixinho, claro), e quem sabe um dia iniciar uma revolução!

Mas... que elas não saibam.

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