Queria (ou quero... ou como sempre dizem “gostaria” com o
sentido de quero) iniciar esse capítulo da minha vida de forma antológica, mas
parece-me que não vai dar. Minha cabeça e seus pensamentos são furtivos e não
consigo lidar com eles. O primeiro é como uma balança que não para de subir e
descer; o outro, pensamento, se esvai como nuvens de filmes de terror – para um
lado e para o outro. É uma pena.
Nem por isso, no entanto, devo deixar de iniciar esse projeto,
pois, hoje, agora, sei que, mais do que nunca, é preciso. É preciso ser preciso
em minhas informações a respeito do que pretendo ou não; ou seja, tudo está
fora do que não é abstrato, de um abstracionismo concreto, firme, correto e ao
mesmo tempo válido em prática. Essa é a vida de casado.
Ahhh, deixa de manha, e vamos lá!
Para começar a escrever esse blog, fiquei muito pensativo a
respeito do que iria fazer. Nem sei se é correto, mas, a depender do que
colocarei, é certeza de sucesso, ou seja, posso me tornar um ótimo aconselhador
ou um péssimo homem (casado), ao tentar adicionar ao público histórias ditas
como secretas...
Eu não sou bobo, no entanto, em fazer isso. O que pega, na
realidade, é que o que a gente espera de um blog, que visa falar da vida dos
homens casados, calados em sua alma, com medo (ou receio?) de se expressarem
sobre todas as questões inerentes a essa vida – se é que se pode chamar de
vida! – dentro da qual nem mesmo o pior pesadelo explica?
Não exagero. Hoje, morri de rir quando disse a um colega (não
casado) sobre o feitio desse blog... E quando me ouviu disse, “Vai ficar sem
texto; não tem novidade nenhuma!”, e caímos na risada, que não foi pouca.
Contudo, ao contrário do que pensamos, temos sim muita coisa
a dizer, reclamar, a ensinar, a buscar, a chorar... (claro!), mesmo para homens
que não acreditam no choro como forma de persuasão na tentativa de fazer um
mundo melhor, o choro é uma saída (ou entrada!).
Esse blog, sei que todos estão já pensando, mas vou logo
dizer... Não é para falar mal de nossas mulheres, amantes, sogras, famílias,
mas, se houver um pequeno espaço para tanto... Mandemos ver! Sim, porque o que
nos move nada mais é do que a indignação – assim o disse um velho amigo casado
--. é a vontade mudar, de sair correndo, de desfazer as algemas e ver o sol!
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