Há casais que se casam, outros se
internam, se refugiam, se hospitalizam, se suicidam... E fazem juras de amor solenemente,
como se fossem para o céu. Na realidade, vão para uma guerra interminável, na
qual vale tudo. Facas, com ou sem pontas; garfos, idem, de plástico ou não, colheres,
de pau ou não, conchas; cadeiras, mesas, e assim por diante...
Há casais que se casam com, e
outros contra. Por maldade, a pessoa que não tem mais nada a fazer na vida, a
não ser olhar os lírios do campo, se une a outra, e mal sabe que se aproximou
do inferno – de Dante, do Diadorim, etc – literal, simbólico, expressivo,
factivo, partidário, integral.. e assim por Dante...
Há casais e casais. Casais que se
matam depois de cinquenta anos, e mais outros, que o fazem depois do sim.
O temor é o mesmo. O primeiro se firma como patriótico, o segundo como heroico,
como que fosse salvar o alguém, não a sua vida. Mas por quê? Sei lá. De repente
o dom de loucura seja uma virtude, como diria Machado de Assis, mas não
acredito que uma loucura desse tamanho seja natural e sim uma debilidade
necessária.
O casamento, assim como o inferno
pessoal e literal, é uma necessidade para o crescimento? De quem? Eu nem me
sinto maior do que eu era! Nem mesmo a minha querida mulher, pois a altura dela
não passa de 1,60 desde quando nos conhecemos!
Talvez... Interiormente. Mas aí,
a gente vai ter que falar de Sócrates e Xantimpa!
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